Recursos digitais on-line podem ser utilizados como instrumentos de organi­zação, acompanhamento e avaliação. O digital ressignifica a ideia de tempo e espaço, podendo potencializar a criatividade e a inovação. A utilização de artefatos digitais on-line pode fornecer subsídios para arquitetura de um ambiente virtual que viabilize o processo de ensino e aprendizagem. Dessa maneira, o uso de portfólios eletrônicos e mapas conceituais  assim como, sua apropriação e integração, viabiliza o registro de ações e promoção de reflexões em um ambiente on-line no qual o estudante se constitui como sujeito no pro­cesso de construção do conhecimento. A muta­bilidade e a flexibilidade favorecem, ao discente, maneiras distintas de registrar pontos relevantes em momentos de aprendizagem, revisitar e modificar, além de adicionar imagens, vídeos, links de redes sociais e outros sites, caixa de texto para mensagens e contatos.

Esse curso prevê uma introdução ao campo teórico das masculinidades. Os estudos de gênero na contemporaneidade estão ganhando cada vez mais espaço nas ciências humanas e sociais, de modo a absorver as demandas sociais referentes ao tema e também impactando diretamente o contexto social atual. O curso objetiva, assim, instigar a desnaturalização do que foi socialmente construído como “masculino”, a fim de inserir as masculinidades na lógica do gênero e das suas estruturas de poder e desigualdade, entendendo que se o masculino ocupa uma elevada posição hierárquica e status social privilegiado socialmente, esse não é um dado natural, mas histórica e socialmente constituído e legitimado. Nesse curso as masculinidades são encaradas como em constante relação com as feminilidades e outras manifestações de gênero, muitas vezes de forma antagônica e dominadora e sempre de modo a produzir relações de diferença e desigualdade social. Entende-se que as masculinidades são plurais e atravessadas por diversas categorias, tais como: raça, etnia, sexualidade, geração e etc. que operam de modo relacional e inseparáveis à categoria de gênero, a partir de uma análise interseccional. Dessa maneira, pretende-se desmantelar a ideia de que há apenas uma forma legítima de ser homem no mundo, para que haja a possibilidade de construção de uma percepção mais abrangente e menos hierárquica sobre o tema. Ressalta-se que nem todas as manifestações de masculinidades ocupam a mesma posição social e partem das mesmas experiências, havendo, assim, hierarquias internas entre os homens. Quando nos referimos as complexas relações de gênero que estão por trás das manifestações sociais dos indivíduos que produzem masculinidades é importante nos atentarmos para os limites e as possibilidades que podem se apresentar, fazendo um debate que fuja de concepções polarizadas e maniqueístas, mas contextual e relacional no que se refere às interações sociais cotidianas. Sendo assim, esse curso propõem um olhar questionador frente ao masculino, interessante tanto para quem pesquisa o tema, quanto para aqueles(as) que desejem compreender melhor sua atuação no mundo e as estruturas de gênero em que estão envolvidos(as)