O Desenvolvimento Territorial Sustentável é aquele que se caracteriza de maneira multidimensional, ou seja, que se desenvolve a partir de diferentes âmbitos, sendo: i) Coesão Social; ii) Coesão Territorial; iii) Governabilidade; iv) Sustentabilidade; v) Inclusão Econômica; vi) Bem-estar. Criando então um processo de desenvolvimento socialmente inclusivo, ecologicamente correto e economicamente viável. Sendo assim, com estes temas trabalhados na primeira parte deste curso (vide proposta anterior), abre-se espaço para uma discussão mais aprofundada da Participação Social e do DTS no território da Baía da Ilha Grande (Seropédica, Itaguaí, Mangaratiba, Rio Claro, Angra dos Reis e Paraty).]É extremamente importante ocupar os espaços de discussão pública e demonstrar como a participação social se faz necessária para alcançar as demandas locais durante a tomada de decisão pública, e por consequência, na geração, aplicação e fiscalização das políticas públicas nestas localidades. Sendo assim, justifica-se capacitar pessoas multiplicadoras de conhecimento, fazendo com que elas tenham um maior senso crítico e desenvolvimento interpessoal, e que sejam potenciais fiscalizadoras e ocupantes dos espaços públicos de discussão de maneira a demandar e analisar políticas públicas em suas localidades, potencializando a participação social visando o desenvolvimento.

O objetivo deste curso é analisar a sub-representação de mulheres na política institucional brasileira, partindo do princípio que as relações de dominação de gênero são peças cruciais para compreender as raízes da marginalização das mulheres tanto na sociedade como na política, ao passo que essas relações se estendem para o campo público. Neste sentido, é necessário observar que o sufrágio feminino foi permitido no Brasil há menos de cem anos, e durante todo este período até os dias atuais, a elite política continua sendo composta majoritariamente por homens. Esse fato comprova-se através dos dados: recentemente, em 2020, a União Interparlamentar (IPU) e a ONU Mulheres divulgaram uma atualização do Mapa Global de Mulheres na Política, no qual, no ranking de participação de mulheres no parlamento, dentre a lista de 193 países, o Brasil figurava em 140º lugar. Juntamente a isso, em 2019, de acordo com o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou cerca de 66 mil boletins de ocorrência de estupro. O anuário do ano seguinte, por sua vez, relata que, apenas no primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram vítimas de feminicídio - um aumento de 1,9% em relação ao ano anterior. Assim, para compreender a marginalização das mulheres, primeiramente delinearemos os conceitos de sexo, gênero, divisão sexual do trabalho e feminismo. Em seguida, será realizado um debate sobre os conceitos de participação política e representação política, bem como as diferentes dimensões que esta última assume, além de procurar compreender o funcionamento do canal eleitoral, esmiuçando os processos eleitorais e a democracia representativa. Finalmente, a partir da compreensão de todos esses conceitos, trataremos sobre a representação, ou sub-representação, de mulheres no Brasil, observando seu histórico desde a primeira mulher eleita e destacando os desdobramentos advindos do recrudescimento conservador que rege o país, com um olhar enfático sobre a Câmara dos Deputados..

A microbiota intestinal desempenha um papel importante na saúde e na doença humana. Segundo os estudos, a microbiota afeta beneficamente o metabolismo e o consumo de energia de seus hospedeiros, especialmente na digestão e absorção de nutrientes, participando de uma espécie de co-metabolismo. Devido a importância em manter a microbiota intestinal saudável, a utilização de probióticos na modulação da microbiota ganhou notável interesse nos últimos anos. Os probióticos são “microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro” (OMS, 2012). Evidencias sugerem importante papel da microbiota intestinal no processo saúde-doença. Desequilíbrios na composição da microbiota intestinal têm sido associadas a múltiplas características da síndrome metabólica, sobretudo a obesidade e diabetes mellitus tipo 2 (CRUZ, BAPTISTA E CARRILHO, 2018). O desempenho do sistema imune depende de um microbioma intestinal saudável e a alimentação equilibrada como reportam os estudos é essencial para a manutenção da saúde intestinal e consequentemente, da integridade do organismo como um todo. A alimentação pode afetar a sobrevivência e metabolismo das bactérias da microbiota intestinal, causando alterações no padrão de colonização bacteriana, isto é, na modulação da microbiota. Desta forma a alimentação pode levar a prevalência de microbiota gerado de processos inflamatórios no organismo. O curso “Microbiota Intestinal, Probióticos e Saúde” objetiva fornecer condições para que o público-alvo reconheça a importância da microbiota intestinal e sua influência na determinação do processo saúde-doença, assim como, a importância dos probióticos e da alimentação saudável.

A presente proposta de curso tem por objetivo a discussão de aspectos ligados às trajetórias históricas das religiosidades afro-brasileiras no Rio de Janeiro (capital e regiões periféricas), assim como de suas sociabilidades externas e internas, tais como as relações com o Estado republicano brasileiro durante o século XX e as relações de poder construídas internamente, através de categorias étnico-raciais como “branco-preto-indígena” e também por meio de sistemas binários e não-binárias de gênero. A importância da historicização das religiosidades afro-brasileiras no Rio de Janeiro reside, principalmente, na crescente onda de intolerância religiosa vivenciada no Brasil, que ataca, física, psicológica e epistemologicamente as práticas e conhecimentos oriundos de terreiros. Neste sentido, a presente proposta almeja promover um debate mais amplo com o público não-acadêmico e acadêmico, praticante ou não das religiosidades afro-brasileiras, com o intuito de viabilizar uma compreensão sólida acerca da relevância dessas manifestações religiosas para as comunidades onde elas estão inseridas, e a necessidade de se respeitar suas existências. Também pretende-se compreender o conjunto de fatores que condicionam o cenário atual de violência e apagamento. O intuito é que o debate sobre a história das religiosidades afro-brasileiras no Rio de Janeiro, do pós-abolição ao século XXI, seja viabilizado pelo entendimento da existência de continuidades e descontinuidades em relação aos saberes e práticas centro-africanos e da África ocidental, assim como da importância dos aspectos litúrgicos afro-indigenas inseridos nessas práticas religiosas em solo americano. Também pretende-se abordar os processos de perseguição jurídica a sacerdotisas e sacerdotes, a maneira como terreiros prestigiados se estabeleceram em localidades como Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu e outras, além de também ser um objetivo o debate sobre a grande visibilidade de sacerdotes, sacerdotisas e rituais afro-brasileiros na mídia da segunda metade do XX. Discutiremos ainda as relações de poder estabelecidas internamente através de noções étnico-raciais, como os conflitos teológicos entre umbandas e candomblés no século XX, e categorias de gênero que orientaram também mudanças no matriarcado sacerdotal das religiosidades afro-brasileiras no Rio de Janeiro. Por último, analisaremos os atuais processos de transnacionalização das religiões afro-brasileiras, que estão se institucionalizando e ganhando força em outras regiões do mundo, como na Europa.

O espaço geográfico no qual produzimos e constituímos ao ponto que por ele somos constituídos não pode mais ser entendido como neutro, assexuado e homogêneo. Isso porque essas alegações fazem com que o espaço apresente caráter paradoxal, onde, apesar de fazermos parte dele, sofremos opressões e violências que não legitimam as diferentes formas de existências, tornando esse espaço interdito e excludente para pessoas que não se identificam com os padrões impostos socioculturalmente. Além disso, o corpo é o expoente que nos une e nos distancia ao ponto que faz de cada um de nós seres humanos que são humanamente diferentes. Então, repensar o corpo como elemento de análise espacial por meio do ensino de Geografia é pensar em múltiplas existências e reconhecê-las enquanto legítimas, sem padronizações binárias e reducionistas como as impostas pelo padrão cis-heterossexual branco, machista e patriarcal. Assim, o ensino de Geografia se faz fundamental no processo de entendimento dessa realidade, não cabendo mais a ciência geográfica a omissão de questões relativas aos gêneros e sexualidades que são marcadores de diferenças construídos em nossos corpos por meio da cultura, da história e da produção do espaço. Repensar o corpo pelo ensino de Geografia é, também, proporcionar possibilidades de nos reconhecermos enquanto agentes produtores do espaço por meio dos nossos corpos que grafam esse espaço e que por ele são grafados. Portanto, sendo a universidade uma ferramenta primordial no processo de mobilidade social, promover um curso de extensão para pessoas que estão se formando para exercer a docência e/ou se especializando no campo da Geografia e/ou, ainda, que já exercem a profissão, é de suma relevância para a contribuição de professoras e professores que prezem por processos educativos e de ensino-aprendizagem que não sejam excludentes e opressores. Que preconizem o direito à educação sem exceções e que busquem efetivamente o caráter democrático nas escolas brasileiras.

Ao longo dos anos, a alfabetização vem constituindo-se como um dos grandes desafios da educação brasileira sendo progressivamente vinculada aos instrumentos de avaliação de qualidade da Educação Básica e às políticas públicas de ensino. Este curso de extensão busca oferecer um aprofundamento na área, tendo em vista que uma das discussões mais recorrentes sobre o tema orbita na questão dos métodos utilizados para se alfabetizar. Muitas das vezes os embates tendem a reduzir o processo de apropriação da leitura e da escrita a uma questão puramente metódica. Neste sentido, propomos uma relevante discussão que busca a retomada de aspectos históricos, procurando analisar criticamente a questão dos métodos em alfabetização e suas implicações nos processos de ensino-aprendizagem e na apropriação de leitura e da escrita. Assim, o curso tem por objetivo apresentar e discutir o percurso histórico dos métodos de alfabetização de forma a favorecer o aprimoramento de professores já em exercício na Educação Básica e futuros professores alfabetizadores, especialmente, graduandos dos cursos de Letras e Pedagogia. Longe de buscar promover uma ou outra metodologia, o curso almeja auxiliar na construção de ferramentas que facilitem a autonomia profissional na tarefa de alfabetizar.

Neste curso, discutiremos o funcionamento das redes sociais e como podemos lançar mão de seus recursos para criar e/ou expandir um empreendimento online. Sob a narrativa de um dilema do mundo virtual, que envolve limitação de alcance e criação de bolhas sociais, analisaremos possibilidades de utilizações de redes sociais, a partir dos meios disponíveis, objetivando um melhor alcance, promovendo e ampliando interações. Analisaremos modos de operação de redes sociais, visando entender seus diferentes modos operacionais, promovendo reflexões para o uso crítico de estratégias, tendo como base o conceito de mercadologia. As interações síncronas serão realizadas com auxílio de recursos de comunicação por vídeo e chats. O curso também conta com interações assíncronas, promovidas por meio de fóruns de discussão.

Direitos Humanos são os direitos básicos dados a cada individuo que servem como base para o desenvolvimento de uma série de outros direitos fundamentais para a convivência e desenvolvimento humano em sociedade, como os direitos civis e direitos políticos. Estes estão expressos diretamente nos direitos jurídicos, políticos, sociais ou em princípios de diversas ordens normativas como: filosóficas, religiosas, sociológicas, políticas, econômicas, biológicas e outras mais (MOLINARO, 2020). A partir disso, é dado a todo individuo, enquanto seres humanos, garantias como: o direito à vida, a liberdade de expressão e livre pensamento, direito de votar e ser votado como representante político, liberdade de crença e religião, direito ao trabalho, educação, saúde, cultura e outros, dos mais simples aos mais complexos direitos que um ser humano possa ter em sua existência. O presente curso tem como objetivo principal realizar a introdução sobre a criação dos Direitos Humanos e os debates que foram feitos acerca deste tema que levou ao aperfeiçoamento destes a fim de garantir os direitos básicos de sobrevivência do ser humano em sociedade. Para isto, contaremos com três formas distintas de aprendizado no curso: atividades síncronas com aulas expositivas e participativas, atividades de debate e discussão sobre filmes propostos que dialoguem com os temas da semana e atividades assíncronas, com vídeos curtos sobre os tópicos semanais para introdução do assunto para discussão.